ASSINE JÁ

FIP-IE: Uma alternativa de mais rentabilidade para a pessoa física
POR
Ricardo Propheta Marques (Propheta-BRZ)

top
Publicado em
08 / 03 / 2021
Foto Autor
Autor
Gestor da BRZ Investimentos
Avaliações
1 Estrela 2 Estrela 3 Estrela 4 Estrela 5 Estrela

Você deve estar perguntando a razão de eu estar escrevendo sobre Fundos de Investimento em Participações num blog dedicado ao mundo dos Fundos Imobiliários. A resposta é simples. O mesmo motivo que fez os investidores historicamente buscarem os FIIs, solidez e rentabilidade, deveria fazê-los abrir os olhos para essa classe de ativos, que tem começado a crescer e a atrair o interesse crescente de investidores que buscam alternativas de diversificação da carteira com retornos potenciais atrativos.


No atual cenário de grande mudança no nível de taxas de juros por que passou o Brasil recentemente, os Fundos de Investimento em Infraestrutura – FIPs-IE, uma classe de ativos ainda pouco explorada, tem atraído cada vez mais a atenção de investidores individuais, que passam a ter a sua disposição um conjunto crescente de fundos estruturados e com altos potenciais de rentabilidade.


Diferentemente dos Fundos de Investimento Imobilários -FIIs, que buscam empreendimentos imobiliários, os FIPs-IE investem em projetos de infraestrutura, que são tradicionalmente projetos de longo prazo, altos rendimentos e estabilidade de geração de caixa.


Esses fundos podem ser muito diferentes entre si e variam dependendo do tipo de projetos em que investem: portos, geração e transmissão de energia, além de diversas outras modalidades previstas na legislação.


Obviamente, por se tratar de uma classe de ativos nova, esses produtos ainda são equivocadamente comparados aos FIIs, especialmente por investidores que caem na armadilha da busca por altos yields, em troca de menores taxas internas de retorno. É claro que é confortável ver altas parcelas mensais sendo pagas (yield), em vez de esperar a maturação de projetos ao longo do tempo, mas que acabam por gerar muito mais rentabilidade (Taxa Interna de Retorno) para o investidor.


Para quem depende de renda mensal para pagar suas despesas, por exemplo, é claro que o Yield é necessário. Mas para aqueles que podem esperar para se beneficiar de maiores retornos no longo prazo, o que importa é a taxa interna de retorno.


No entanto, não se trata de uma escolha binária. Muitas empresas e fundos combinam boas distribuições de dividendos de curto prazo com ótimas taxas internas de retorno projetadas. E nesse aspecto, os FIPs-IE, com seus projetos de infraestrutura, podem ser excelentes alternativas para o investidor.


Da mesma forma que nos fundos imobiliários, é fundamental que se tenha uma boa compreensão dos ativos detidos pelos FIPs-IE. E é aí que está uma grande oportunidade, pois a confusão entre yield e taxa interna de retorno, e o fato de serem produtos que têm ganhado relevância, faz com que alguns desses produtos possam estar mal precificados, permitindo maiores retornos a quem for capaz de identificá-los.


Podemos dizer que os FIPs-IE estão hoje, 2021, onde os FIIs estavam alguns anos atrás, ou seja, em um mercado pouco explorado, com menor competição e, muitas vezes, com margens menos comprimidas, gerando grandes oportunidades para quem está olhando mais à frente.

Ademais, os FIPs-IE trazem à pessoa física isenção de IR sobre rendimentos e alíquota de 0% sobre o ganho de capital, além de permitir, também ao pequeno investidor, acessar projetos de infraestrutura antes limitados aos grandes investidores. Respeitadas as particularidades de cada projeto, essa democratização permite às pessoas físicas terem exposição a operações de longo prazo, a fluxos resilientes e a alinhamento de interesses entre o Fundo e as companhias investidas


O BRZ Infra Portos FIP IE (BRZP11) é um exemplo claro nessa nova categoria. O BRZP11 foi estruturado em 2020 pela BRZ Investimentos para atuação no setor portuário brasileiro, um subsetor resiliente dentro da infraestrutura, inclusive com crescimento em momentos como o que passamos em 2020. O Fundo, que utilizou os recursos captados no IPO para comprar participação no Porto Itapoá, um dos maiores, mais eficientes e mais rentáveis terminais portuários de contêineres do Brasil, permitiu ao investidor pessoa física comprar indiretamente ações do Porto Itapoá e, desta forma, participar do seu crescimento.


O BRZP11 foi lançado em fevereiro de 2020, tendo ocorrido nos 30 dias seguintes ao seu lançamento 5 circuit breakers da B3. Enquanto esses eventos e a pandemia impactaram o preço do papel BRZP11, o ativo investido pelo fundo, o Porto Itapoá mostrou-se resiliente e sólido para passar pelo momento que fez vários outros setores sofrerem. Nesse contexto, há uma oportunidade interessante para análise do investidor, que pode acessar um ativo que manteve seus diferenciais competitivos e a boa performance em 2020, mas que não foi refletido no preço da cota do Fundo.


Uma grande virtude no mundo dos investimentos é perceber as oportunidades antes que todos as vejam. É um ótimo momento para os investidores se atentarem aos FIPs-IE, com projetos sólidos e altas expectativas de retorno.


Fundos de CRI: Renda Fixa ou Variável?
Nos últimos anos, o mercado de Fundos Imobiliários viu um crescimento importante do segmento de recebíveis. Os chamados Fundos de CRI são a categoria mais relevante hoje do IFIX, sendo responsável por mais de 38% do IFIX. Um dos argumentos utilizados pelos defensores dessa classe de ativos é que, pelo fato de CRI ser um ativo de renda fixa, os FIIs desse segmento seriam também uma operação de renda fixa o que, por natureza, tem menos risco que uma ativo de renda variável.
Foto Autor
Nathan Rodrigues
02 / 11 / 2021 5 min de leitura
Como foi a Assembleia do Bc Fund?
Na última terça-feira, dia 10 de setembro, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária do Fundo Imobiliário BC Fund (BRCR11). O objetivo da assembleia era decidir pela 6ª emissão de cotas. Nathan Octavio tira as principais dúvidas do que ocorreu nesta AGE e sobre a oferta em pauta neste artigo

Foto Autor
Nathan Rodrigues
16 / 09 / 2019 5 min de leitura
Integração dos investidores e o crescimento elevado do mercado de Fundos Imobiliários
Esse artigo é um pouco diferente. Otuki descreve sua trajetória no site e como o Clube FII ensinou e reforçou algumas lições como investidor fruto dessa integração (debate de ideias) diferenciada que existe no mercado de Fundos Imobiliários e também cita números que ilustram bem o crescimento expressivo dos FIIs e também faz um convite especial para todos participarem do FÓRUM GRI CLUB FUNDOS IMOBILIÁRIOS!.
Foto Autor
Thiago Otuki
27 / 07 / 2019 5 min de leitura
O Clube FII preza pela qualidade do conteúdo e verifica as informações publicadas, ressaltando que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.