As teses do RZTR11 e do BTAL11 são sim parecidas, mas a APLICAÇÃO DA TESE é totalmente diferente, vou listar aqui alguns pontos que embasam meu argumento:
1 - A gestão do BTRA11 diz que compra terras com um desconto grande de preço, mas é MENTIRA! Em comparação às terras adquiridas pelo RZTR11 percebe-se que é praticamente o DOBRO do preço pago. Isso sem dizer que as fazendas do BTRA11 em sua grande maioria estão localizadas em regiões muito mais consolidadas e valorizadas que as terras do BTRA11.
Nas regiões onde predomina o plantio de soja, as terras são cotadas em Sacas de soja / hectare útil, ou seja, as áreas de reserva legal e APP’s (Mata), são inclusas na compra sem valoração. Esse é o padrão em MT, GO, MA, PI, BA, etc. Em regiões onde predomina a pecuária a cotação é feita em R$ / Alqueire total, essa é a realidade do MS, TO, PA, etc. Quando se faz essa conta por exemplo nas fazendas da região da BR-163, (Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop) e adjacências percebe-se que o RZTR11 pagou na média o equivalente a R$35 mil / hectare útil, enquanto o BTRA11 pagou R$70 mil por hectare útil. Isso sem dizer que a qualidade das fazendas (perfil de solo, localização, tempo de uso) das terras são incomparáveis.
2 - O BTRA11 faz um contrato atípico de cessão de direito de superfície com o parceiro enquanto o RZTR11 faz um contrato de arrendamento com pagamento antecipado. Como o contrato atípico é uma “obrigação futura de pagamento” o mesmo é caracterizado como dívida e será discutido como tal (está acontecendo nesse momento com o Bergamasco). Já no caso do RZTR11 o arrendatário pode sair da terra a qualquer momento e ele não terá divida nenhuma com o fundo. Ele só não faz isso porque iria perder a opção de recompra, o que seria uma insanidade nos preços no qual ele tem a opção de recompra.
3 - Perfil dos Parceiros. Na média, o perfil dos parceiros do RZTR11 são agricultores que plantam mais de 30 mil hectares / ano, enquanto no BTRA11 são agricultores que plantam 5..6 mil hectares / ano. Essa é uma diferença muito grande, pois a operação em si onera muito menos o maior produtor, pois é uma parte pequena do negócio dele. As terras do BTRA11 representavam mais da metade da área plantada do Milton Cella e mais de 30% da área plantada do Grupo Bergamasco, esta ai o resultado..
4- Conhecimento do time da gestora para fazer a diligência na aquisição das fazendas e gestão dos ativos. Qualquer um que tenha o mínimo de percepção, ao ver 2 ou 3 entrevista ou lives percebe que o time de gestão Agro da Riza conhece muito do setor, os detalhes e tudo mais. O BTG tem um time do mercado financeiro, que não tem ideia do que seja o Agro, com consultores picaretas fazendo a compra e gestão dos ativos. Compraram fazendas com problema, com outros produtores na posse fas fazendas, coisa de iniciante mesmo.
Bom, existem muitas outras diferenças também, mas essas aqui já são suficientes para mostrar a diferença entre os fundos na minha visão.