Boa noite senhores, segue esclarecimentos da gestão do MXRF11 sobre os investmentos do fundo
Primeiramente, agradecemos a sua mensagem.
Cabe ressaltar que não houve nenhuma mudança recente na vocação da gestão do Fundo. O movimento de transformar o portfólio de CRI mais voltado pro risco HG, ocorreu há 4 anos atrás (como pode ser visto no gráfico abaixo), quando o nosso gestor André Masetti ingressou na XP Asset e buscou reciclar e reformular a carteira do Fundo. Naquele momento, em 2016, o Maxi Renda era um fundo 100% alocado em ativos HY com muitos ativos problemáticos que foram majoritariamente resolvidos pelo time de gestão contratado pelo Masetti.
Cabe ressaltar que, na mudança de vocação do Fundo em 2016, o objetivo e intenção da migração do HY para o HG, no que tange a rentabilidade, foi compensar uma eventual “ausência de rentabilidade no carrego” com os elevados retornos nas operações do book de Permutas Financeiras, cujo os retornos rodam em torno de Inflação + 15%a.a, no entanto, limitados à 20% do Patrimônio Líquido do Fundo.
Além disso, vale reforçar que, mesmo o Maxi Renda se posicionando majoritariamente em CRIs com bons nomes de crédito, muitos dos papeis são originados pelo próprio time de gestão, por esse motivo, existem prêmios implícitos nas taxas dos papeis, que permitem que o Fundo consiga gerar ganho de Capital ao vender parcialmente ou totalmente os papeis. Isso ocorre justamente pelo fato de, serem nomes de crédito muito bons, muito conhecidos no mercado e, por consequência, com alta liquidez no mercado secundário. Nos parece, que o mercado precifica o fundo apenas pelo carrego desses papeis, mas o objetivo do Fundo é justamente o contrário, isto é, não carregar os ativos até o vencimento, e sim, gerar compressão de spread, por meio das vendas com ganho.
Dito isto, o Fundo tem como estratégia macro, ter 80% do PL em CRIs com bons nomes de crédito, originados preferencialmente pelo time de gestão, com alto potencial de ganho de capital recorrente e, ter 20% do PL em Permutas Financeiras que são altamente rentáveis. Podendo esse % sofrer alterações ao surgirem oportunidades pontuais de ganho de capital no book de FoF Imobiliário que não é “coração” do Fundo e, sim, um book meramente tático.
Por fim, logo após a 6ª emissão de cotas, quando o Fundo detinha bastante caixa, e estava em seu tempo normal de alocação, teve a “infeliz combinação de mercado” de se deparar com o aumento de prêmio exigido pelo mercado nas LFTs (aumento de taxas e redução do preço dos ativos), que fizeram com que os fundos de zeragem rendesse negativo, prejudicando significativamente o resultado de setembro.
Por fim, com o término da alocação do caixa previsto para o final de dezembro/ início de janeiro/20, o Fundo tende a voltar a performar em bons patamares, com uma relação de risco reduzida, dado que os novos deals estão sendo encarteirados em ótimas relações de risco e retorno.
Permaneço à disposição.
Att.,
XP Asset Managemen