Yiield atual da carteira de KNIP pelo valor da cota a mercado (base 03/05/23), líquido da taxa de administração, segundo “tabela de sensibilidade” divulgada pela Kinea: IPCA + 8,47%
Nos títulos públicos longos (benchmark normalmente utilizado para comparação com os FIIs) temos Tesouro IPCA 2035 pagando hoje IPCA+5,96%.
Tomando por base o IPCA acumulado dos últimos 12 meses (4,65%), teríamos, em KNIP, um rendimento anual líquido de inflação e de imposto de renda de 13,12%, enquanto no Tesouro IPCA 2035 (considerando alíquota de IR de 15% a incidir tanto sobre a inflação, quanto sobre os juros propriamente ditos, coisa que muita gente boa parece esquecer) teríamos um rendimento anual líquido de 9,01%. A diferença entre um e outro, ou seja, entre 13,12% (KNIP) e 9,01% (Tesouro IPCA 2035), antes de ser de “singelos “4,11% ao ano (o que já não seria pouco!), é, na verdade, e visto sob outra ótica, de 45% a mais de rendimento, considerado isoladamente o percentual de rendimento em si (9,1 x 13,12).
No longo prazo isso faz muita diferença a partir do efeito multiplicador dos juros compostos.
Tomando por base, por exemplo, um investimento inicial de 1.000.000,00, e tendo por parâmetro os rendimentos acima, teríamos
o seguinte montante final, tudo mais constante:
APÓS 5 ANOS:
IPCA 2035: 1.565.681,03
KNIP: 1.916.424,85
APÓS 10 ANOS:
IPCA 2035: 2.451.357,08
KNIP: 3.672.684,19
É ou não é um spread e tanto?