Acho bastante interessante a movimentação que este fundo tem causado desde o início de seu lançamento no mercado até a sua efetiva negociação na B3, na semana passada. No entanto, parecem desprovidos de total razoabilidade os valores que vem sendo negociados, quer pela desproporção abissal em relação ao seu VP, quer pela falta de referência de atuação da gestora em Fiis - por ter sido recém lançada no âmbito dos fundos imobiliários negociados na Bolsa - segundo informado na mídia. Percebe-se que os valores de negociação dos primeiros dias foram totalmente controlados pelo detentor das cotas, o que também não parece saudável para o mercado, e que talvez merecesse um acompanhamento mais próximo da CVM, a fim de atestar a regularidade das ações desenvolvidas, desde a primeira emissão restrita realizada, evitando eventual potencial prejuízo a investidores que passaram a adquirir cotas super valorizadas nos últimos pregões, sobretudo neste momento de taxa de juros real praticamente negativa, o que leva a uma busca desesperada por melhores rendimentos. Neste sentido, embora inerentes os riscos para uma carteira que pretende ser high yield, deve-se observar que as taxas contratadas, vinculadas ao IGPM - que se encontram em patamares elevados - ainda que cercadas de garantias - pode levar a uma inadimplência considerável, o que, certamente, tem potencial para prejudicar o rendimento futuro, e mesmo a uma desvalorização das cotas do fundo num momento posterior. Estas são apenas ideias lançadas a fim de permitir um debate saudável sobre o assunto, sem tomar lado na questão, não pretendendo ser recomendação positiva ou negativa para aquisição de cotas, pois apesar de tais circunstâncias, o fundo apresenta proposta interessante de investimento, que deve ser avaliada por cada interessado, mas acredito que um ágio superior a 40 %
( que pode vir a ser de 20 %, aproximadamente, com a subscrição de cotas em emissão iminente, como mencionado em outros comentários), nas atuais condições, parece realmente exorbitante,, fazendo lembrar até mesmo a possibilidade de gerar os efeitos das conhecidas "pirâmides financeiras" - embora não vislumbre que estariam presentes as características de sua formação nesta situação -,no sentido de que os últimos a entrar poderão efetivamente arcar com eventual prejuízo.