Foi comprado um imóvel misto, uma parte são lajes de escritório em um lugar bom mas que não é top para esta finalidade, e uma parte é uma loja, melhor ainda por ser de esquina, em um dos endereços mais emblemáticos de São Paulo.
Mais de uma pessoa com experiência no mercado, tem a opinião, que o metro quadrado da área de loja que é térrea , tem alta probabilidade de ter preço superior ao metro quadrado da área de laje.
O “lucro” maravilhoso na venda, foi resultado do valor calculado sobre o preço médio de aquisição, como se tivesse vendido área mista, mas não foi vendida área mista, e sim unicamente, a área que muitos acreditam que é a mais cara do imóvel.
Portanto à área remanescente que ficou na propriedade do fundo, sendo somente lajes em um prédio que era misto, podem não refletir mais o preço médio de aquisição, e ter um valor por metro quadrado abaixo dele.
Pergunto: Se este racional estiver correto, esta diferença á menor, não deveria ser abatida do lucro “fantástico” que tiveram na venda da loja ?
Parte do que vai ser distribuído como lucro contábil embora seja uma operação absolutamente legal, mas financeiramente para o cotista, parte da renda distribuída, pode ser ao final para efeitos práticos, patrimônio do fundo.
Agora com tantos milhares de novatos investindo em FIIs, não tenho dúvidas, que a “renda” extra e não “perene” vai valorizar as cotas como se “perene” fosse.
E ainda como desdobramento, o rendimento que deve ser distribuído a mais, durante o ano de 2021 pode ter o valor aproximado de R$ 1,53 por cota, e estes milhares de novatos estarão prontos a desembolsar mais do que isto, no incremento do preço da cota.
O mercado é imperfeito mesmo, e os mais atentos devem aproveitar a oportunidade, e ganhar dinheiro.