Valor patrimonial X cotação X papel X Tijolo
Afinal, que importância teria o VP, se o que dá liquidez é a cotação no mercado?
Ex 1: se compro tijolo com deságio, cotação a 90, VP a 100, retornando um yield de 0,6%, suponha que a cotação permaneça em 90 e caia a 87, mas o VP suba a 105.
Ex 2: se compro papel com ágio de 5%, VP 100, cotação a 105, mas com um yield de 1,2%, a procura pode aumentar, e a cotação subir a 106, por exemplo.
No exemplo 1, dependo que a cotação no tijolo suba pelo menos um pouco, porque o yield de 0,6% não repõe a inflação. Se pego um ciclo de baixa, fico preso (com prejuízo na cotação) e preciso esperar que a cotação SUPERE meu pm, porque se meramente o valor voltar, terei perdido da inflação.
No exemplo 2, a cada mês é possível repor a inflação (0,75% a.m.) e aumentar o patrimônio acima da inflação em 0,45% (1,2-0,75). Ao ano daria um aumento patrimonial de 5,54% em juros compostos acima da inflação.
Em juros compostos nominalmente daria 15,39%.
A questão toda seria acertar uma retomada de crescimento dos tijolos, isso poderia valorizar o patrimônio, mas errar nesse ciclo significaria demorar muito para os valores do mercado + yields recuperarem pelo menos a inflação.
A questão: que importância tem o VP, se o mercado define a cotação de acordo ao risco + yield + subscrições, e isso varia abaixo e acima do VP? A cotação não é o que dá liquidez?
Desse modo, se um papel está retornando acima da inflação, não é mais defensivo?
Numa conta de padeiro, um tijolo com yield em 0,6% a.m. perde 0,15% mensal para a inflação. Lembrando que, em caso de valorização da cota, o ganho de capital é tributado em 20%, quanto o tijolo precisaria se valorizar na cotação para ficar 0x0 com a inflação? E se comprar caindo ainda mais?