Sigo estudando SDIL aqui, e gostaria de ouvir a opinião dos amigos a respeito de alguns aspectos que me intrigam nesse fundo.
Hoje já negocia abaixo da cotação do chamado "Guedes Day". Paga, pela cotação atual, um DY de 0,70% ao mês, o que, anualizado, representa um "spread" de nada desprezíveis 3,6% sobre os juros do Tesouro IPCA 2035 (que no último dia útil anterior a essa postagem fechou em 4,80% a.a.). Sem notícia de valores não recorrentes a comporem o rendimento atual, o qual, segundo "guidance" da própria Suno, deve, de fato, se manter entre R$ 0,60 e R$ 0,62 para o 2º semestre desse ano. Li os relatórios mensais (porque não sou de "comprar pronta" opinião de "research", por mais qualificado que ache o Baroni & Cia), analisei os contratos e, de fato, me parece fazer sentido essa estimativa.
Sendo assim, indago aos amigos: a cota está apanhando tanto assim - e para além dos seus pares - exclusivamente pelo fato de que tem uma dívida a ser saldada no 1º semestre de 2022 no valor de 199 milhões, referente ao imóvel de Contagem?
Vejam, não estou menosprezando esse problema, mas gostaria de saber se pela leitura de vocês é só isso mesmo, porque aí poderei avaliar por aqui se acho que esse problema já está ou não precificado.
Vi que essa dívida representa 31% do PL, o que deve levar ou a uma alavancagem (em um momento de taxas de juros em alta, é bem verdade) ou a uma inevitável emissão abaixo do VP, nessa mesma proporção, e portanto, com futuros direito de preferência de 31%.
Dito isso, e à parte essa dívida, o que vejo são números, no mais, bastante interessantes.
Afora o DY atrativo se comparado aos demais pares multi-multi de tijolo (e não apenas de logística), verifico que SDIL tem 100% dos seus imóveis em um raio de até 30km das três maiores capitais do País, a saber: SP, RJ e MG. De há muito, portanto, deixou de ser aquele fundo restrito ao Centro Logístico de Duque de Caxias. Não é um fundo apenas com ativos AAA, mas, sem dúvida, vem melhorando a qualidade do seu portfólio (vide o imóvel recentemente adquirido e locado aos Correios). Vejo, por outro lado, que 98% da receita bruta contratada possui vencimento para além de 2023. Finalmente, constato que o fundo tem hoje 8,3% de vacância, percentual que me agrada, já que nem é tão alto que preocupe, nem tão baixo que não permita um crescimento marginal da receita e da distribuição ali adiante.
Algo está me passando? Ou tudo isso é medo da "Rolo Bravo"? Porque compartilho das preocupações com a gestora, e, por certo, não morro de amores pela RB. Mas convenhamos que nesse quesito XP, VINCI e outras tem se empenhado em superá-la, do que são prova as constantes emissões abaixo do VP.
Gostaria de ouvir a sempre abalizada opinião dos amigos. Em especial chamo ao tema @camposhm e @tiozao, que sei que acompanham, ora à distância, ora com um pé dentro, o fundo. @tiozao, será que a nossa valorosa "Portuguesa de Desportos" está fadada à 2a divisão do IFIX, ou temos aqui uma oportunidade surgindo?