A cada dia que passa deveríamos ficar mais inteligentes, mas fico surpreso em ver como são ignorantes alguns indivíduos, que se consideram investidores. A emissão das novas cotas, sem direito de preferência, pode ser legal, mas é imoral. Não é aceitável beneficiar os clientes do Itaú em detrimento dos atuais cotistas, este é um tiro no pé do fundo. No dia do anúncio da emissão, o preço das cotas caiu de R$ 196,00 para pouco mais de R$ 170,00, muito antes do sell off decorrente da crise do COVID-19. A falta de respeito com os atuais cotistas só não foi pior do que realizar uma AGE em 11/03/2020, agora sim em plena crise dos mercados, e aprovar a emissão baseada no valor patrimonial estimado em R$ 150,77, mais um custo de emissão de 1,3%, o que eleva o preço da nova emissão de cotas para R$ 152,73, Ora, para quem entende um pouco dos mercados, deve saber que em crise, os preços dos ativos diminuem, assim como os preços das empresas e dos imóveis. No FII o valor patrimonial nada mais é do que o preço dos ativos que compõem seu portfólio, assim o valor dos imóveis de três meses atrás era maior do que os preços dos imóveis no início de março. Então, a atual gestão do fundo foi ingênua ou incompetente em avaliar a real situação do mercado de imóveis, os riscos associados aos mercados de renda variável e não teve visão profissional para prever que a nova emissão de cotas seria inviável de ser feita ao valor patrimonial. Desculpe-me novamente aos atuais cotistas do fundo, o que como já disse não é o meu caso, mas contra os fatos não há argumentos, só chororô!